Canal Preto é lançado essa semana no MPT em São Paulo

Objetivo é discutir questões raciais. Entrevistas, minidocumentários e apresentações de artistas negros serão exibidas no canal, no YouTube

São Paulo – Dar voz a influenciadores, personalidades e cidadãos negros e discutir políticas públicas em torno de questões raciais. Estes são os objetivos do Canal Preto, no YouTube, idealizado pela titular da Coordenadoria Nacional da Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), do Ministério Público do Trabalho (MPT), a procuradora Valdirene Silva de Assis. A iniciativa é resultado de parceria entre a Coordigualdade, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a ONU Mulheres.

O canal foi lançado durante a implantação do Fórum de Prevenção e Combate à Discriminação Racial no Trabalho. “Será um canal para combater o preconceito, o racismo estrutural, a intolerância e a discriminação contra as pessoas negras, afro-religiosas e quilombolas”, explica a subprocuradora-geral do Trabalho Edelamare Barbosa Melo, do Comitê Gestor da Política Nacional de Equidade, que participou do lançamento.

Todas as terças e quintas serão divulgadas temáticas diferentes, com a perspectiva de vítimas de racismo e a análise de acadêmicos, coletivos e militantes da área. Também serão transmitidos minidocumentários, entrevistas e apresentações de artistas negros. Os primeiros vídeos trazem depoimentos colhidos durante o Simpósio Nacional Negro (a), Afro-religioso(a), Quilombola: Racismo e intolerância religiosa no Brasil e seus reflexos no mundo do trabalho, realizado este ano, de 28 a 30 de agosto, em Brasília.

Fórum – O Fórum de Prevenção e Combate à Discriminação Racial no Trabalho é formado pelo MPT, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pela Defensoria Pública, pela Secretaria Estadual da Educação, pelo Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT 2ª Região), pelo projeto Educação e Cidadania de Afrodescendentes (Educafro), pela União de Núcleos de Educação Popular para negras e negros (Uneafro), pelo Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), pela IBM Brasil e pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP).

“O fórum é uma iniciativa pioneira. Ele existe para monitorar a aplicação do Pacto de Inclusão dos Jovens Negros e Negras em São Paulo”, conta a coordenadora nacional da Coordigualdade, do MPT, Valdirene Silva de Assis. 

Sarau – As questões raciais também ganham espaço no Rio de Janeiro. Nesta sexta-feira (30), ocorre o Sarau Preto no Centro Cultural Ligth, no centro da cidade. O evento vai até meia-noite e encerra o mês da Consciência Negra. O objetivo é sensibilizar a sociedade para a representatividade negra nos meios de comunicação e para os desafios no mundo do trabalho.

Participam da programação as procuradoras Luciana Tostes, Ludmila Reis Brito Lopes, Elisiane Santos; a coordenadora e vice-coordenadora nacionais de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho, Valdirene Silva de Assis e Silvana Silva, respectivamente; e a subprocuradora-geral do Trabalho Edelamare Barbosa Melo.

Haverá roda de conversa; desfile performático; representação teatral sobre Solano Trindade, feita pelo ator Val Perré; roda de samba; Feira Afro e DJ. A entrada é um quilo de alimento não perecível.

O Sarau Preto tem o apoio do Grupo de Trabalho Raça, da Coordigualdade do MPT. A iniciativa é do coletivo Frente Artística Negra.

Igualdade – No sarau, o coletivo Frente Artística Negra (FAN) lançará um manifesto pelo cumprimento do Estatuto da Igualdade Racial (EIR), que em seu artigo 43 recomenda a contratação de pessoas negras em produções televisivas e cinematográficas no âmbito das políticas das ações afirmativas. Serão gravados depoimentos, em vídeo, de artistas e autoridades do mundo jurídico. O material integrará uma campanha nacional pela promoção da igualdade e combate à desigualdade racial.

Fonte: Ascom PGT

 

 

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