Castelão é palco de campanha contra o trabalho infantil

Em campo, jogadores do Fortaleza levam mensagem em defesa da infância

Antes de garantir vitória diante do Cruzeiro no jogo desta quarta-feira pela série A do Campeonato Brasileiro, jogadores do Fortaleza Esporte Clube levaram ao público presente no Castelão a mensagem: “Criança não deve trabalhar; Infância é para sonhar”. Diante de mais de 17 mil torcedores, o ato em defesa da infância marcou no gramado o 12 de junho, Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil.

A frase é o slogan da campanha alusiva ao Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil (12 de junho), promovida pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), em parceria com os fóruns estaduais, Organização Internacional do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho. A iniciativa tem também participação ativa de diversos órgãos e entidades que formam a rede de proteção da criança e do adolescente em níveis federal, estadual e municipal. “Intensificamos a programação em junho em razão da data, porém as ações são contínuas. A rede de proteção à infância tem se fortalecido por meio da intersetorialidade”, ressalta o procurador do MPT no Ceará Antonio de Oliveira Lima.

A frase é o slogan da campanha do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), em parceria com a Organização Internacional do Trabalho e participação ativa de órgãos como o Ministério Público do Trabalho (MPT), que tem conduzido iniciativas em todo país, ao longo do mês. “Intensificamos a programação em junho em razão da data, porém as ações são contínuas. A rede de proteção à infância tem se fortalecido por meio da intersetorialidade”, ressalta o procurador do MPT no Ceará Antonio de Oliveira Lima.

Vidas abreviadas

De acordo com os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, entre 2007 e 2018 o Brasil registrou quase 44 mil acidentes de trabalho com crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos. Desse total, 261 meninas e meninos morreram.

De 2014 a 2018, o MPT registrou 21.551 denúncias relativas à "Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente", no país. No período, foram ajuizadas 968 ações e firmados 5.990 termos de ajustamento de conduta envolvendo o tema. Atualmente, o Brasil tem quase 2,5 milhões de crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos trabalhando, segundo o IBGE. No Ceará, são cerca de 85 mil. Eles trabalham na agricultura, pecuária, em comércio, domicílios, nas ruas, em construção civil, entre outros setores. Entre 2003 e 2018, 938 crianças foram resgatadas de condições análogas à escravidão, segundo o Observatório Digital do Trabalho Escravo.

Atividades contínuas

No Ceará, uma série de atividades marcou a semana do 12 de Junho. Nesta terça-feira (11), dezenas de estudantes da rede pública da capital participaram de um debate sobre trabalho infantil. Foi uma parceria do Ministério Público do Trabalho com a Comissão da Infância da Assembleia Legislativa do Estado. Na ocasião, foram eleitos os novos membros do Comitê de Adolescentes pela Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil de Fortaleza.

No dia anterior, na sede do MPT-CE, houve o lançamento da campanha no Ceará – promovido pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), em parceria com o MPT – com participação de cerca de 200 profissionais dos municípios cearenses, principalmente da assistência social e educação. Na ocasião, a primeira-dama do Onélia Leite ressaltou o protagonismo do estado no combate à exploração de crianças e adolescentes, os resultados alcançados ao longo dos últimos anos e a importância da formação de líderes em defesa da infância.

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