MPT-CE vai investigar explosão que matou três trabalhadores em Tabuleiro do Norte

Um sobrevivente continua internado em estado grave; segundo o Corpo de Bombeiros, a fábrica não tinha certificado de conformidade.

(Foto: Rodolfo Lira/ Alto Santo É Notícia)
(Foto: Rodolfo Lira/ Alto Santo É Notícia)

O Ministério Público do Trabalho no Ceará (MPT-CE) instaurou procedimento para investigar a explosão de uma caldeira em uma fábrica de doces do município de Tabuleiro do Norte, que matou três trabalhadores e deixou outros três feridos, um deles em estado grave. As vítimas fatais eram da mesma família.

O procurador do procurador do trabalho Francisco José Parente Vasconcelos determinou nesta segunda-feira (10) a expedição de um ofício à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Ceará (STRE-CE) para fiscalização na empresa investigada. “Solicitamos um relatório sobre o acidente para apurar possíveis infrações acerca da segurança no local”, detalha o procurador. “Com base nesse documento, teremos as informações necessárias para dar prosseguimento às investigações”, completa.

A explosão foi registrada por volta das nove horas da manhã da última quinta-feira (6), na fábrica Doce Tabuleiro, localizada no distrito de Peixe Gordo. Os irmãos Raimundo e Pedro Sousa de Lima - de 38 e 40 anos e idade, respectivamente - morreram no local. Kelven de Lima Chaves (22), primo das vítimas, também teve morte imediata. O trabalhador Josevânio Lima Chaves foi encaminhado para o Instituto José Frota e passou por três cirurgias. Segundo o setor de assistência social do IJF, o paciente respira por ventilação mecânica e apresenta quadro de saúde bastante grave.

De acordo com o comandante da 2ª sessão do 4º grupamento do Corpo de Bombeiros, Capitão Tales, com o impacto da explosão, dois trabalhadores foram arremessados a mais de 30 metros de distância. Uma terceira vítima fatal foi retirada dos escombros. Outros dois funcionários foram socorridos com ferimentos leves. “O estabelecimento não tinha certificado de conformidade, que é o documento emitido pelos técnicos do Corpo de Bombeiros, mostrando que o local possui todos os itens obrigatórios de segurança contra incêndio e pânico”, informa o capitão. “Apesar disso, a fábrica possuía alvará de funcionamento emitido pela Prefeitura”, completa.

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