Inquérito civil vai apurar demissão em massa em empresa de ônibus

Terminou sem acordo a audiência de mediação realizada esta semana entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará (SINTRO) e a empresa de ônibus Cearense Transporte Urbano. O Ministério Público do Trabalho no Ceará (MPT-CE) deve, agora, instaurar inquérito civil para reunir evidências e provas sobre as denúncias. Representantes da Etufor, Sindiônibus e do consórcio “Expresso 5” participaram da tentativa de negociação.

A Cearense Transporte Urbano afirma não ter condições financeiras para pagar a dívida com aviso prévio e multa de 40% dos depósitos fundiários aos mais de 350 trabalhadores demitidos em agosto deste ano. Advogados da empresa afirmam que 43 empregados receberam as verbas rescisórias. No entanto, não apresentaram documentos para comprovar os depósitos nem os termos de rescisão de contrato dos dispensados.
Entenda o caso

A Cearense participa do consórcio Expressão 5, responsável pelo transporte público do município de Fortaleza. A empresa encerrou as atividades no fim de agosto, o que levou à demissão coletiva de mais de centenas de funcionários sem o pagamento de verbas rescisórias, FGTS e multa. Segundo advogado do SINTRO, Carlos Antônio Chagas, quase 7 milhões de dívidas em FGTS estão acumuladas.

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