Após mediação do MPT-CE, sindicatos firmam acordo pelo fim da greve de ônibus em Fortaleza

Consenso inclui recomposição salarial de 10,24% para a categoria e reajuste da cesta básica

Representantes dos sindicatos das empresas (Sindiônibus) e dos trabalhadores (Sintro/CE) dos transportes coletivos chegaram a um consenso para pôr fim à paralisação dos motoristas, em Fortaleza. Em assembleia geral convocada para hoje (23), representantes do Sintro vão submeter à categoria o acordo firmado após mediações com procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT-CE). O resultado do consenso foi apresentado em sessão conciliatória realizada nesta terça-feira, no Tribunal Regional do Trabalho.

No acordo, ficou decidida a recomposição de 10,24% sobre os salários de abril de 2021. A aplicação do reajuste será escalonada. No dia de 1° de maio deste ano, os trabalhadores tiveram aumento de 2,46%. No dia 1°de dezembro de 2021 o reajuste subirá para 4% e, a partir de 1° de março de 2022, o percentual passa a ser de 10,24%. De acordo com os termos alinhados entre representantes das empresas e dos profissionais, a recomposição prevista para março de 2022 ficará condicionada a não ocorrência de problemas relacionados à Covid-19.

Representantes do Sintro/CE e do Sindiônibus chegam a acordo após mediação conduzida por procuradores do MPT-CE
Representantes do Sintro/CE e do Sindiônibus chegam a acordo após mediação conduzida por procuradores do MPT-CE

A audiência do TRT na 7ª Região foi conduzida pelo desembargador Paulo Régis Botelho, que classificou como imprescindível a intervenção do MPT-CE para o desfecho do acordo. "A sociedade ficou muito satisfeita pela não paralisação do serviço de transporte público. Um serviço essencial, indispensável, notadamente num período tão difícil que estamos vivenciando", destacou o magistrado. A série de audiências de mediação no MPT-CE teve início semanas antes de deflagrada a greve e teve participação tanto da procuradora-chefe, Mariana Férrer, como do procurador regional Nicodemos Maia e o procurador Ricardo Cozer.

O pacto dos sindicatos contempla também o reajuste da cesta básica para R$ 155. Já a partir de 1° de março de 2022, o valor ficará em R$160 e o auxílio-alimentação será reajustado para R$ 16. Serão mantidas as demais cláusulas contidas nas convenções pretéritas (cláusulas históricas). Por fim, serão agregados à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) os ajustes nas condições de trabalho em conformidade com as medidas provisórias 1.045 e 1.046.

 

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