200 agentes são capacitados na terceira etapa da Acepeti

Dando continuidade às atividades da Agenda Cearense de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Acepeti), foi realizada nos últimos dias 20 e 21 de março, a terceira etapa da capacitação de cerca de 200 agentes municipais que atuarão na prevenção e erradicação do trabalho infantil, em todo o Estado do Ceará. Os agentes devem atuar como articuladores e multiplicadores de ações nos seus municípios. O evento foi realizado no Hotel Oásis, em Fortaleza.

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Entidades reúnem-se para discutir a prevenção e erradicação do trabalho infantil

Dando continuidade às atividades da Agenda Cearense de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Acepeti), será realizada nos próximos dias 20 e 21 de março, a terceira etapa da capacitação de agentes municipais que atuarão na prevenção e erradicação do trabalho infantil, em todo o Estado do Ceará. Os agentes devem atuar como articuladores e multiplicadores de ações nos seus municípios. O evento será realizado no Hotel Oásis (Av. Beira-Mar, 2500 – Meireles), em Fortaleza.

Realizado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em parceria com a Associação para o Desenvolvimento dos Municípios do Estado do Ceará (Apdmce), o projeto tem por objetivo a elaboração da Agenda Cearense de Prevenção do Trabalho Infantil. A Agenda visa o fortalecimento da rede de prevenção, proteção e combate ao trabalho Infantil e proteção ao menor trabalhador no Estado do Ceará.

A Agenda Cearense está em fase de elaboração com a participação de 75 municípios de todas as regiões do estado, que são representados por três técnicos das setoriais da educação, saúde e assistência social.

As ações são desenvolvidas através de cinco momentos: realização de capacitação com 72horas-aula, divididas em cinco etapas, para três técnicos da rede intersetorial do município; momento de formação, nivelamento de informações e identificação da rede municipal de políticas públicas de combate ao trabalho infantil; multiplicação, nos municípios, do conteúdo da capacitação para toda a rede de atendimento a criança e o adolescente;  mapeamento do trabalho infantil;  realização de campanha socioeducativa; e seminário de socialização das atividades desenvolvidas nos municípios.

Todo o trabalho resultará na preparação dos técnicos para o reconhecimento do trabalho infantil como uma violação de direitos, bem como os procedimentos e competências dos Órgãos do Sistema de Garantia envolvidos no processo, encaminhamentos e sensibilização da sociedade para combater o trabalho infantil no Estado.

O conteúdo apreendido pelas cinco ações será organizado em um documento “Agenda Cearense de Prevenção Do Trabalho Infantil” que retratará o cenário atual, a identificação da rede, as políticas públicas e o caminho e as metas que serão cumpridas para erradicação do trabalho infantil no Ceará.

DADOS DO TRABALHO INFANTIL

O trabalho infantil ainda é uma cruel realidade para 173.433 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos no Ceará, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2012 e divulgada no final de setembro. Para discutir as estratégias de como mudar a realidade dessas pessoas, o Ministério Público do Trabalho no Ceará (MPT-CE) e a Associação para o Desenvolvimento dos Municípios do Ceará (APDMCE) lançaram, em novembro de 2013, a Agenda Cearense de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Acepeti).

Se for levada em consideração a faixa etária de 5 a 17 anos, a Região Metropolitana de Fortaleza possui 48.562 crianças e adolescentes trabalhando, correspondendo a 6,12% do total de crianças e adolescentes em situação de trabalho nessa idade na RMF, o que lhe coloca em quarto lugar entre as regiões metropolitanas, em termo de participação do trabalho infantil em geral.

PROGRAMAÇÃO

20 de março de 2014
8h – Receptivo – inscrição e café da manhã
8h30min – Abertura
9h - Trabalho em Rede Interinstitucional
10h – Apresentação do 1º. Caso (Trabalho Infantil Doméstico)
10h15min – Apresentação do Diagnóstico do Trabalho Infantil Doméstico no Ceará – Antônio Oliveira, procurador chefe do Ministério Público do Trabalho no Ceará
10h30min – Estudo 1º. Caso
11h15min – Socializando o Trabalho em Rede
12h30min – Almoço
14h - Apresentação do 2º. Caso (Trabalho Infantil – Exploração Sexual)
14h15min – Apresentação do Diagnóstico do Trabalho Infantil/ Exploração Sexual
14h30min – Estudo 2º. Caso
15h15min – Socializando o Trabalho em Rede
16h – Tarefa a Distância

21 de março de 2014
8h – Receptivo – café da manhã
8h30min – Proposição de Diretrizes para Construção do Plano Municipal (Proposição e Construção Coletiva) Aparecida Façanha

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Trabalho degradante na cadeia produtiva da carnaúba é tema de audiência pública

Cadeia produtiva da carnaúba foi tema de audiência pública
Cadeia produtiva da carnaúba foi tema de audiência pública

Um produto que ocupa a sexta posição no ranking de exportações do Ceará, mas que ainda registra condições precárias de trabalho, assim é a carnaúba. As condições de trabalho na extração da cera de carnaúba preocupam o Ministério Público do Trabalho, os produtores do Ceará e os deputados que debateram o tema em audiência pública nesta segunda-feira (17/03), no auditório Murilo Aguiar, na Assembleia Legislativa do Ceará. O encontro, promovido pelas comissões de Agropecuária e de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca da Casa, destacou as relações trabalhistas na cadeia produtiva do setor.

“Não dá pra perpetuar o descumprimento total da legislação trabalhista que existe hoje na cadeia produtiva da carnaúba”, comentou o procurador do trabalho, Leonardo Holanda. O MPT realizou no final do ano passado uma inspeção – juntamente com as outras entidades que compõem o Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo – na qual foram encontrados cerca de 90 trabalhadores em condições análogas ao trabalho. “O MPT não quer quebrar o setor, apenas quer que ele atue de maneira adequada, sem ferir a legislação trabalhista”, disse. O procurador do trabalho entende que “uma das soluções poderia ser a criação de uma cooperativa dos produtores para que possam remanejar a mão de obra e atender a legislação trabalhista”, pontuou.

No ano passado, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte exportaram 16 mil toneladas de cera. No nos três estados, 200 mil famílias sobrevivem da cultura, segundo o Sindicato dos Produtores de Carnaúba. A atividade movimenta a economia cearense e gera renda, principalmente, na época da estiagem, conforme observou o deputado Hermínio Resende (Pros), presidente da Comissão de Agropecuária da AL. O parlamentar ressaltou a importância da preservação da carnaubeira, símbolo do Ceará. “É preciso revitalizar essa cultura de grande potencial econômico”, pontuou.

O presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca da Casa, deputado Neto Nunes (PMDB), alertou sobre a necessidade em adequar a atividade à legislação trabalhista. “A cultura é muitas vezes a única fonte de renda, mas muitos trabalhadores não querem carteira assinada, pois, com isso, dizem que não vão conseguir se aposentar como trabalhador rural”, destacou. “Isto é uma falácia”, corrigiu Leonardo Holanda em sua explanação. O procurador do trabalho explicou que o trabalhador rural só perderia o direito caso atuasse em uma atividade urbana, o que não é o caso da extração da cera da carnaúba.

O deputado federal Vicente Arruda (Pros/CE) observa que a carnaúba “é uma cultura secular e atípica. “Existe mão de obra ociosa e a carnaúba ocupa essas pessoas. É preciso discutir como atender a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”, ressaltou.

O deputado Sérgio Aguiar (Pros), propositor da audiência pública, destacou investigações do Ministério Público que identificaram, no final do ano passado, carnaubais nas cidades de Martinópole e Barroquinha em condições precárias de trabalho. “Temos a função de intermediar. É preciso um prazo para adequar a atividade as leis trabalhistas senão vamos impactar no empobrecimento da comunidade”, frisou.

O presidente do Sindcarnaúba, Edgar Gadelha, assinalou que o setor tem 95% da sua produção voltada para exportação. “É um produto natural e ecologicamente sustentável. Estamos falando de uma especiaria química e não podemos perder mercado, pois não conseguiremos recuperar”, disse.

Muitos municípios cearenses vivem da extração da carnaúba, acrescentou o prefeito do município de Granja, Romeu Aldigueri. “Dos 53 mil habitantes de Granja, mais da metade vive dessa atividade no segundo semestre. Estamos falando de uma cidade que não tem indústria e fica a 330 quilômetros da Capital”, afirmou Aldigheri.

“Para um produto tão ecologicamente correto quanto é a carnaúba, é fundamental que seja correto também quando se trata de respeito aos trabalhadores”, concluiu o procurador do trabalho, Leonardo Holanda.

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Congresso Internacional de Direito Sindical prorroga inscrições mais uma vez

Foram prorrogadas mais uma vez, agora até o dia 17 de março (segunda-feira), as inscrições para o II Congresso Internacional de Direito Sindical que acontecerá de 2 a 4 de abril, em Fortaleza. O evento é promovido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), através da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis).

O Congresso tem como parceiros o  Grupo de Estudos e Defesa do Direito do Trabalho e do Processo Trabalhista (Grupe) da Universidade Federal do Ceará (UFC) e o Fórum das Centrais Sindicais no Estado do Ceará (FCSEC).

Com o tema “Diálogo Social” o evento trará para Fortaleza grandes nomes do mundo do trabalho, com destaque para os representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e  deve reunir pelo menos 1.500 pessoas no Hotel Oásis Atlântico.

“O Congresso Internacional de Direito Sindical pretende aprofundar discussão sobre o sindicalismo brasileiro, levando em conta a realidade do trabalho e a relevância do entendimento entre empresários e trabalhadores, por meio dos canais apropriados de negociação, especialmente a auto composição, a mediação e a conciliação”, comentou o coordenador do evento, o procurador regional do trabalho, Francisco Gérson Marques de Lima.

INSCRIÇÕES

As inscrições estão sendo realizadas eletronicamente, mediante preenchimento de formulário através do site: www.prt7.mpt.gov.br/congresso. A confirmação da inscrição está condicionada à doação de um livro novo, na categoria de didáticos (ensino fundamental e médio), paradidáticos ou de literatura. As doações podem ser entregues na sede do Ministério Público do Trabalho no Ceará (Av. Padre Antônio Tomaz, 2110 - Aldeota).

Para o público de outras cidades, a entrega do livro poderá ser feita por ocasião do credenciamento no Congresso.

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Prorrogadas as inscrições para o II Congresso Internacional de Direito Sindical

Foram prorrogadas até o dia 14 de março as inscrições para o II Congresso Internacional de Direito Sindical que acontecerá de 2 a 4 de abril, em Fortaleza. O evento é promovido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em parceria com o Grupo de Estudos e Defesa do Direito do Trabalho e do Processo Trabalhista (Grupe) da Universidade Federal do Ceará (UFC) e o Fórum das Centrais Sindicais no Estado do Ceará (FCSEC).

Em 2013, o Congresso foi realizado pela primeira vez e reuniu cerca de 1 mil pessoas. Para 2014, com o tema Diálogo Social - tanto no sentido negocial quanto sob o aspecto crítico -, o evento deve reunir pelo menos 1.500 pessoas no Hotel Oásis Atlântico.

“O Congresso Internacional de Direito Sindical pretende aprofundar discussão sobre o sindicalismo brasileiro, levando em conta a realidade do trabalho e a relevância do entendimento entre empresários e trabalhadores, por meio dos canais apropriados de negociação, especialmente a auto composição, a mediação e a conciliação”, comentou o coordenador do evento, o procurador regional do trabalho, Francisco Gérson Marques de Lima.

INSCRIÇÕES

As inscrições estão sendo realizadas eletronicamente, mediante preenchimento de formulário através do site: www.prt7.mpt.gov.br/congresso. A confirmação da inscrição está condicionada à doação de um livro novo, na categoria de didáticos (ensino fundamental e médio), paradidáticos ou de literatura. As doações podem ser entregues na sede do Ministério Público do Trabalho no Ceará (Av. Padre Antônio Tomaz, 2110 - Aldeota).
Para o público de outras cidades, a entrega do livro poderá ser feita por ocasião do credenciamento no Congresso.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

O Congresso também abre espaço para publicações científicas. Os trabalhos apresentados deverão ser objetivos, individuais, sobre tema de Direito Sindical.

A formatação exigida será a seguinte: tamanho A4, espaço entrelinhas de 1,5, fonte arial ou calibri 11, entre 3 e 10 páginas. Somente os regularmente inscritos poderão concorrer com trabalhos acadêmicos e, portanto, à premiação respectiva (simbólica), não se admtindo mais de um por autor. No mais, serão observadas as normas ordinárias da ABNT.

Outras informações poderão ser fornecidas pelo MPT, pelo site www.prt7.mpt.gov.br/congresso , pelos telefones (85) 3462-3400 e 3462-3432 ou pelo email do congresso: congressompt@yahoo.com.br.

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